quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Jogo Da Velocidade Ou Torta Na Cara

    No clima do mês das Crianças, nada melhor do que resgatar brincadeiras que misturam diversão, energia e muitas risadas. Os jogos de velocidade e o clássico “torta na cara” são excelentes para essa data especial, pois envolvem movimento, competição saudável e momentos de pura alegria.


     Enquanto os jogos de velocidade testam quem tem os reflexos mais rápidos, o torta na cara garante boas gargalhadas com suas perguntas e respostas cheias de suspense. São atividades simples, mas que criam memórias marcantes e tornam o Dia das Crianças ainda mais animado e cheio de diversão.
   
  Seja disputando quem aperta o botão primeiro ou tentando não levar uma tortada por errar a resposta, o importante é entrar no clima e se divertir. Afinal, o que seria de uma boa gincana sem um pouco de suspense, competição e chantilly voando por aí?

   A seguir, será apresentado o diagrama eletrônico do projeto, no qual dois participantes competem para ver quem aperta o botão primeiro. 




   Ao acionar o interruptor S1, o circuito ativa um temporizador com duração de alguns segundos. Quando esse tempo se encerra, um LED verde acende, funcionando como sinal de “partida” e indicando que os jogadores já podem apertar seus botões o mais rápido possível.

   No momento em que um dos botões é pressionado, o circuito identifica o vencedor acendendo um LED correspondente e bloqueia automaticamente o outro jogador, evitando qualquer empate. Para reiniciar basta desligar e religar a chave S1.






   Para funcionar na modalidade "torta na cara" , basta acrescentar uma segunda chave , como mostrado abaixo:
 



    O restante do circuito ( que não aparece depois de R3 e R4) continua o mesmo.
   
   Desta forma o temporizador é desativado e  os botões já estão prontos para acionar.   Assim que a pergunta é feita, quem apertar o botão primeiro ganha o direito de responder.

   Se acertar, o jogador marca ponto ou apenas se livra da torta.
   Se errar (ou demorar demais para responder), o jogador perde e… a torta vai direto no rosto!


terça-feira, 7 de outubro de 2025

Alerta De Seta Ligada

    A seta é um dos recursos mais importantes para a segurança no trânsito, porque avisa outros motoristas e pedestres quando você vai mudar de faixa ou fazer uma curva. Mas todo mundo já conhece alguém – ou até a si mesmo – que esquece de desligá-la depois da manobra. Isso pode gerar confusão, porque os outros podem pensar que você vai mudar de direção de novo. Por isso, aqueles avisos no painel acabam sendo bem úteis.

   Pensando nisso, o circuito a seguir foi projetado para acionar um alarme intermitente caso a seta permaneça ligada por mais de 1 minuto, o que provavelmente indica esquecimento.  No  uso normal, nada acontece . Clique na imagem para visualizar melhor.







  O funcionamento básico consiste em um oscilador que envia comandos intermitentes a um buzzer ativo (por meio de um transistor), sempre que D2 e D3 recebem tensão do sinal da seta, ocorrendo após um pequeno atraso.

  Ao analisar o diagrama, percebe-se que R2, C1 e D1 formam um circuito de retardo. O resistor R2 junto ao capacitor C1 definem o tempo necessário para que o oscilador seja acionado. A corrente que percorre R2 vai carregando o capacitor C1 até que ele atinja um nível suficiente para que a lógica do circuito habilite o oscilador. Dessa forma, o sinal sonoro só é emitido caso a seta permaneça ligada por tempo excessivo, permanecendo silencioso durante o funcionamento normal.





  A instalação é bem tranquila e praticamente não mexe no sistema original do carro. Se tiver qualquer dúvida, é só chamar um eletricista automotivo.


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Um Simples Bargraph De Leds

   Quem já ficou frente a frente com um equipamento de som vintage sabe: o áudio de antigamente tinha alma, era "quente" e cheio de charme. E nada traduzia isso melhor que o VU meter presente na maioria deles, com seu ponteiro elegante dançando ao ritmo da música. Era simplesmente hipnotizante.

   Depois vieram os bargraphs de LEDs, rápidos e vibrantes, trazendo um visual totalmente novo para os medidores de áudio. A sequência de luzes acendendo dá mais impacto e movimento, quase como uma animação. Além disso, as cores em verde, amarelo e vermelho deixam a leitura intuitiva e chamativa, mesmo de longe. É um estilo moderno, que combina com equipamentos atuais e ainda permite brincar com formatos diferentes, deixando o design mais criativo e tecnológico.

  Seja o VU analógico ou digital, cada um cumpre sua função perfeitamente, sendo preferido mais ou menos de acordo com o usuário. No fim das contas, é uma questão de estilo: ponteiro para quem curte o clássico, LED para quem vibra com o moderno.

  E aí, depois de imaginar a cena, que tal instalar um VU no seu sistema de som, caso ainda não tenha? Aproveite a oportunidade: monte o circuito abaixo e traga ainda mais vida ao seu equipamento.

  Além de indicar o nível do áudio, ele traz aquela presença visual que transforma a experiência: os LEDs subindo em escada fazem você sentir que a música não só se ouve, mas também se enxerga. Porque ouvir é bom, mas enxergar o som... é outra história.












     Resumidamente, o circuito funciona assim:

   O sinal de áudio entra no circuito através do capacitor eletrolítico de 10 µF, que tem a função de bloquear a componente contínua e permitir a passagem apenas da parte alternada do sinal. Logo após, o diodo 1N4148 realiza a retificação, aproveitando apenas os semiciclos positivos da onda, enquanto o resistor de 330 ohms limita a corrente nessa etapa inicial. O transistor BC547 atua como amplificador e chave eletrônica, recebendo o sinal retificado em sua base, cuja polarização é definida pelos resistores de 120 k e 8k2, garantindo o funcionamento adequado do estágio de amplificação. Dois diodos 1N4148 conectados em série são responsáveis por estabelecer um limiar de tensão na base deste transistor.

   O capacitor de 100 µF, ligado ao coletor do transistor, atua como um filtro, suavizando a resposta do circuito e evitando que os LEDs pisquem de forma muito rápida. A corrente então passa por uma sequência de resistores e LEDs. Como cada resistor possui um valor diferente — 4k7, 1k2, 390R, 220R e 150R — cada LED vai exigir uma tensão ligeiramente maior para acender. Isso cria um efeito de barra progressiva: o primeiro LED acende com um sinal mais fraco, e conforme a intensidade do áudio aumenta, os demais vão se iluminando em sequência.

   O resultado é um VU meter simples, sem a necessidade de circuitos integrados específicos.  A versão mostrada é para um canal apenas . Para um som estéreo, monte dois circuito iguais usando a mesma fonte de alimentação. 


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

A Eletrônica Em Módulos VIII - Alarme De Maçaneta

 

  Hoje vou apresentar uma aplicação para o módulo TTP223B. Ele é baseado no chip sensor de toque TTP223, uma chave capacitiva bastante popular nos projetos eletrônicos. Esse sensor substitui os botões mecânicos tradicionais por uma superfície sensível ao toque, garantindo mais durabilidade e um visual moderno. Basta aproximar ou encostar o dedo na área ativa para que a variação de capacitância seja detectada, mudando o estado da saída, que pode ser usada como um simples sinal digital para acionar outros circuitos.


   Agora imagine esse módulo aplicado em um alarme de maçaneta: simples, criativo e super prático. Em vez de usar apenas a plaquinha como sensor, basta ligar um fio no TTP223 e pendurá-lo na maçaneta (pelo lado de dentro, claro). Qualquer tentativa de mexer na porta aciona o sensor e dispara uma sirene em alto volume. E não adianta soltar rápido a maçaneta — o som é temporizado para continuar tocando por alguns segundos, deixando evidente que algo está errado.

    Esse tipo de alarme é ideal para levar em viagens, usar em quartos de hotel ou até em casa, quando se busca mais segurança sem complicação. É leve, portátil e não exige instalação: é só pendurar, ativar e dormir tranquilo.












   A montagem desse alarme é tão simples que nem chega a pedir uma placa de circuito impresso. Em vez disso, dá para fazer no estilo “teia de aranha”, ligando os componentes diretamente entre si com um pouco de organização. Esse tipo de montagem é leve, rápida e funciona muito bem para projetos pequenos. O importante é manter as conexões firmes e bem isoladas para evitar falsos ou maus contatos. 















   O módulo se ajusta sozinho. Então, quando você pendurar na porta, é normal que ele apite logo de cara. É só esperar alguns segundos e ele já fica calibrado, pronto para vigiar.






sexta-feira, 19 de setembro de 2025

O Robô Mais Simples Que Você Verá Hoje

    Vou mostrar um exemplo de robô com comportamento reativo: um carrinho com sensores na frente que muda de direção sempre que encontra um obstáculo. É algo tão simples que muita gente nem chega a considerar um robô. Mas, de forma prática, podemos entender como robô qualquer máquina que consiga perceber o que acontece ao seu redor, mesmo que de maneira bem básica, e tomar decisões sozinha a partir disso.

   Então, se o carrinho tem um sensor de toque (o próprio para-choque que detecta a batida) e muda de direção sozinho sem intervenção humana, ele se encaixa na definição básica de robô — ainda que seja bem rudimentar.

  Ou seja: tecnicamente é um robô, mas de nível bem básico, quase um brinquedo didático de introdução à robótica.   É muito usado para ensinar lógica de programação, sensores e atuadores. 





    Para montar esse carrinho, primeiro você precisa de uma base onde serão fixados os componentes principais: dois motores DC com suas rodas, o suporte de pilhas e dois micro switches com hastes longas que servirão como sensores de toque. Os motores devem ser instalados na parte traseira, alinhados para que as rodas fiquem paralelas. Na parte da frente, instale um suporte por baixo que funcione como rodinha dianteira, posicionando os micro switches voltados para frente e com hastes metálicas atuando  como “bigodes”. Dessa forma, eles serão acionados sempre que o carrinho encostar em algum obstáculo.

  A parte elétrica é bem simples, sem necessidade de placa ou programação. Os fios que saem do suporte de pilhas alimentam os dois motores, mas antes passam pelos micro switches. Na condição normal, ambos os motores giram no mesmo sentido, empurrando o carrinho para frente. Quando o carrinho bate em um obstáculo e aciona um dos micro switches, o motor oposto é desligado (o micro switch esquerdo desliga o motor direito e vice-versa). Assim, um motor continua empurrando enquanto o outro para, fazendo o carrinho virar e escapar do obstáculo.

   Depois de prender bem todos os componentes e organizar os fios conforme o esquema, basta colocar as pilhas no suporte e acionar a chave liga/desliga. O carrinho começará a andar sozinho e, sempre que encontrar algo pela frente, mudará de direção automaticamente. O resultado é um pequeno robô reativo, que funciona apenas com mecânica e eletricidade, sem precisar de nenhuma linha de código.







Olhando lateralmente, ficará algo mais ou menos assim:


















sábado, 13 de setembro de 2025

Rastreador De Cabos

     Imagine-se diante de um rack lotado de fios coloridos, um emaranhado que mais parece obra de arte abstrata do que infraestrutura de telecom. Quem já precisou localizar um único cabo de telefonia ou dados nesse cenário sabe que não é tarefa para os fracos: logo se revela um labirinto de emendas escondidas, etiquetas apagadas ou que já não correspondem à realidade  e , em muitos casos, a documentação simplesmente desapareceu no tempo.

    Numa construção antiga, os fios passaram por reformas, mudaram de rota, foram reaproveitados; em ambientes corporativos, painéis lotados e cabeamento paralelo tornam qualquer diagnóstico um quebra-cabeça; já em instalações novas, a pressa na entrega costuma custar organização: cabos sem identificação, diferentes padrões de terminação e documentação incompleta.

   Nesse cenário cheio de fios que parecem se multiplicar sozinhos, o rastreador de cabos surge como um verdadeiro herói. Com ele, não é preciso sair puxando fio por fio ou perder horas tentando adivinhar para onde cada cabo vai. O equipamento permite identificar rapidamente a origem e o destino de uma linha, mesmo quando ela passa por dutos, paredes ou está escondida em um rack confuso.

    Naturalmente, uma ferramenta tão útil e quase indispensável vem acompanhada de um custo — que pode ser bem salgado, dependendo dos recursos disponíveis. Mas aí surge a pergunta: por que não construir o seu próprio rastreador? Ele certamente não terá todas as funções de um modelo comercial, mas com certeza vai te tirar de várias enrascadas.


  O transmissor é esse: 











   Esse circuito usa portas inversoras CMOS, do tipo 40106, para formar dois osciladores que se combinam e produzem um som intermitente. Isto para que o som do rastreador se destaque em relação ao ruído naturalmente presente nos cabeamentos . 

    O primeiro oscilador é formado pelo capacitor C1 de 1 µF, o resistor R1 de 470 k e um inversor. Esse conjunto gera um sinal quadrado de baixa frequência, que funciona como modulador. 

     Já o segundo oscilador é feito com o capacitor C2 de 10 nF, o resistor R2 de 120 k . Ele oscila em uma frequência maior , dentro da faixa audível, produzindo o tom principal. 

     Os sinais desses dois osciladores  são misturados através dos resistores R3 e R4, de 1 k cada. O resultado é que o oscilador rápido, que gera o som, é modulado pelo oscilador lento, criando o efeito de tom intermitente, típico de sirenes ou alarmes. O capacitor C3 de 1,5 nF faz o acoplamento do sinal para a saída, bloqueando a componente contínua e permitindo que apenas a parte alternada, ou seja, o áudio, seja transmitida para a garra jacaré de saída. Assim, o circuito inteiro se comporta como um gerador de sirene simples, alimentado com 9 V.



Visto o emissor, agora é a vez do receptor :








   Temos agora um amplificador de captação de sinal usando um JFET 2N3819 como estágio de entrada.

   O que acontece é o seguinte: a antena (usar fio encapado para proteção de Q1) capta sinais elétricos no ambiente. Esses sinais chegam ao gate do JFET através de C3 (100 pF), que funciona como capacitor de acoplamento, permitindo a passagem da variação de tensão . O resistor R1 (3M3) mantém o gate polarizado em nível adequado, praticamente em alta impedância, o que permite que até sinais muito fracos sejam captados e amplificados.

    O sinal amplificado é então acoplado via C4 (100 nF) para a entrada do amplificador PAM8403. O resistor  R3 (47k) atua como carga de saída, ajustando o nível de sinal para não saturar o módulo.

    A fonte de 4,5 V (três pilhas) é filtrada por C1 (220 µF) e C2 (100 nF), evitando oscilações e ruídos indesejados . O módulo PAM8403, é um amplificador estéreo de baixa potência (mas aqui está sendo usado em mono, apenas em um canal). Esse módulo aumenta bastante a potência do sinal, permitindo que o áudio seja reproduzido no alto-falante de 8 Ω.

   Ou seja, o circuito funciona como um sensor/amplificador de campo elétrico: o JFET capta e dá um primeiro ganho, e o PAM8403 leva o sinal para o alto-falante.


   Agora é só usar: conecte as garras jacaré no par metálico, pressione o pushbutton e comece a seguir o sinal pelo caminho. O sistema também pode ser usado para rastrear cabos de dados (como cabos de rede), bastando adaptar um conector adequado no lugar das garras jacaré.

   E já deixo o aviso antes da dúvida aparecer: nunca conecte em cabos elétricos energizados.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Acione Um Relé De 24V Com Uma Bateria De 9V


   Precisa, por algum motivo que só você sabe, acionar um relé de 24 V a partir de uma fonte de 9 V? Pois é, parece impossível à primeira vista — mas existe um jeitinho eletrônico para isso.

     

   

     O segredo está em usar um capacitor como aliado. Para entender, vamos dar nomes aos pontos do circuito: chamaremos a junção de R1 e R2 de ponto B e a junção de D1 com o negativo de C1 de ponto C.

   Com o botão S1 aberto, o resistor R1 mantém o ponto B em +9 V, enquanto o ponto C fica próximo do terra por meio do diodo D1. Isso faz com que o capacitor C1 se carregue com algo próximo de 9 V, com seu polo positivo em B e o negativo em C.

 Quando o botão S1 é pressionado, acontece a mágica: o capacitor, já carregado, fica momentaneamente em série com a fonte de 9 V. Ao mesmo tempo, o transistor PNP Q1 recebe um pulso negativo na base e começa a conduzir. O resultado é que a bobina do relé não vê apenas os 9 V da fonte, mas sim algo próximo de Vbat + VC1, ou seja, cerca de 18 V durante um curto intervalo.

   Esse “chute” inicial é suficiente para vencer a inércia do relé. Mesmo sendo de 24 V, o impulso gerado pela soma da fonte com a descarga do capacitor consegue atrair o núcleo e acionar os contatos, já que a tensão de pull-in costuma ser bem menor que a nominal.

  Dependendo do valor escolhido para o capacitor, o circuito pode apresentar um pequeno atraso no desligamento quando o botão é solto. Esse efeito de retardo pode ser explorado de forma útil em certas situações, funcionando como uma espécie de temporizador natural que mantém o relé acionado por alguns instantes após o comando.