Um elevador didático é uma ótima maneira de aprender, na prática, como funcionam sistemas de automação e controle. Ele imita um elevador real, mas em escala menor, com muito menos recursos e com foco no aprendizado, sendo usado principalmente em cursos técnicos e de engenharia. Com ele, dá pra entender melhor como sensores, motores, botões e controladores trabalham juntos para fazer o elevador funcionar de forma segura e eficiente. Além disso, esse tipo de projeto ajuda a unir teoria e prática, permitindo que os alunos testem suas ideias, façam ajustes e vejam o resultado em tempo real. É uma ferramenta muito útil pra quem quer se aprofundar no mundo da automação e entender de verdade como tudo acontece por trás das máquinas.
A proposta é montar um sistema que imite o funcionamento de um elevador real, com botões para chamar, sensores que identificam a posição, controle do motor e sinais visuais para indicar o que está acontecendo. Pra deixar o projeto mais simples , a parte de abrir e fechar portas não foi incluída, assim como os displays em cada andar.
E o diferencial mais interessante do projeto: ele funciona sem precisar de microcontroladores, como Arduino ou PIC. Isso significa que toda a lógica de controle foi desenvolvida com componentes discretos, como relés, comparadores, flip-flops e circuitos de lógica com diodos. Essa abordagem, além de eliminar a necessidade de programação, permite compreender melhor como os sistemas automáticos eram projetados antigamente, antes da chegada dos fantásticos microcontroladores e controladores programáveis.
A estrutura do elevador pode ser feita em MDF, um material muito utilizado em protótipos e projetos didáticos por ser fácil de cortar, leve, resistente o suficiente para suportar a movimentação do sistema e dar bom acabamento. Para o meu protótipo, usei o modelo da Usina Info. A estrutura já vem toda pronta, feita em MDF, com quatro andares e espaço certinho pra montar motor, sensores, botões e tudo mais. Isso economiza um bom tempo na hora de montar e já vem com um acabamento legal, além de facilitar bastante pra quem quer focar na parte elétrica e lógica do projeto, sem se preocupar tanto com a parte mecânica ( não ganhei nada pela propaganda).
Pra detectar a posição do elevador, foi usado um reed switch em cada andar. Ele é acionado por um ímã preso na cabine, funcionando como um sensor simples e confiável.
O controle do motor poderia ser feito de várias formas, mas achei mais simples e barato utilizar uma mini ponte H:
Por falar em motor, o usado foi aquele amarelinho, muito comum e que já vem com uma certa redução.
A comparação entre os dois valores armazenados é realizada pelo CD4063, um comparador de magnitude. Esse componente compara os dois números binários fornecidos em suas entradas e determina qual deles é maior, menor ou se ambos são iguais. Para isso, o CD4063 possui três saídas que indicam o resultado da comparação. As saídas que indicam se o primeiro número é maior ou menor são conectadas a um módulo de controle de motor, que comanda o sentido de rotação do motor — fazendo a cabine se mover para cima ou para baixo.
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Vamos à sugestão de placa:
⚠️ Atenção: Este Projeto não deve ser usado para transporte de pessoas ⚠️
Só reforçando que elevadores construídos para fins didáticos – como projetos escolares ou demonstrações técnicas – não são apropriados para o transporte de pessoas.
O uso indevido desses equipamentos pode trazer riscos sérios e, se acontecer algum acidente, pode dar dor de cabeça jurídica — daquelas que nem aspirina resolve. E tenho dito.
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