sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Você conhece o PUT?



    Que PUT?

    Aquele  que impede que seu circuito execute .

   Brincadeiras à parte, o PUT (Programmable Unijunction Transistor) é um componente que assusta no nome, mas que na prática pode ser entendido de forma bem simples. Ele é parecido com o antigo UJT (Unijunction Transistor), só que mais versátil, porque você pode “programar” a tensão em que ele dispara usando resistores externos. 

  


 Pensa nele assim: o PUT fica parado, sem conduzir. Quando a tensão em seu ânodo atinge um certo valor (a tensão de disparo), ele liga de repente e permite que a corrente flua.  Este valor de disparo é programado pela tensão de Gate, a qual é basicamente determinada pelos resistores. 



    O circuito acima serve para compreender o funcionamento do PUT.  Funciona como um gatilho de tensão:  O LED permanece apagado até que a tensão no ânodo do PUT ultrapasse o limiar definido pelo Gate.  Quando isso acontece, o PUT conduz e o LED acende.  A tensão no ânodo é ajustável via trimpot de 1k. Brinque com os valores dos resistores para fixar o conceito.

  Acima,  um pisca led .  O circuito funciona como um oscilador de relaxação simples.  Dois resistores de 10 k formam um divisor de tensão que define a tensão de gate do PUT, determinando o ponto em que ele vai disparar. O capacitor de 10 µF carrega lentamente através do resistor de 120 k, e quanto maior o valor do resistor ou do capacitor, mais lento será esse carregamento. Quando a tensão no capacitor atinge a tensão de disparo do PUT, definida pelo divisor de 10 k, o PUT conduz, permitindo que a corrente flua do ânodo para o cátodo e acenda o LED. Após o disparo, o capacitor se descarrega parcialmente, o PUT se desliga e o ciclo recomeça, fazendo o LED piscar periodicamente. O tempo do temporizador, ou seja, o período de pisca do LED, depende principalmente do capacitor e do resistor de 120 k, enquanto o divisor de 10 k ajusta a tensão de Gate para que o disparo ocorra no momento certo.




   Agora, um circuito mais elaborado . Temos um temporizador para tempos não muito longos. Um curto momentâneo emC1 via botão de "START" zera a tensão no ânodo do PUT e impede seu disparo. Quando o botão é solto, o capacitor começa a se carregar lentamente através do resistor R3, fazendo com que a tensão no ânodo do PUT aumente gradualmente. Quando essa tensão ultrapassa a tensão do Gate somada a aproximadamente 0,7V, o PUT entra em condução. Esse disparo gera um pulso que ativa a base do transistor BC337, que então conduz e energiza o relé.

    Com o relé acionado, um de seus contatos realimenta o ânodo do PUT com tensão por meio de um resistor de valor menor (  R5 ). Essa realimentação mantém o PUT em condução mesmo após o capacitor descarregar, criando o efeito de trava — ou latch — no circuito.

    Esse funcionamento é inteligente porque utiliza o tempo de carga do capacitor como um temporizador natural, garantindo que o PUT só dispare quando a tensão estiver no ponto exato, evitando disparos acidentais. O relé realiza a trava de forma simples e mecânica, sem necessidade de lógica digital, e o circuito pode ser facilmente adaptado para aplicações como temporizadores, alarmes ou controle de carga com retardo.

    Com os valores mostrados ( R3- 3M3  e C1- 47uF ) o tempo estará por volta dos dois minutos.

  Agora que você conheceu o PUT , se encontrar um perdido no seu armário, não jogue fora. Vai que ele está só esperando a hora certa de “conduzir” sua próxima ideia brilhante!

   E por falar em armário , você conhece o Mário?

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