sábado, 18 de outubro de 2025

Fonte De Bancada Utilizando Carregador de Notebook

   Para que qualquer circuito funcione, é necessário fornecer energia elétrica — o que chamamos de alimentação ou fonte de alimentação. É ela que cria a diferença de potencial (ou tensão) que faz os elétrons circularem pelos componentes, permitindo que eles façam o que precisam fazer.

     Essa energia pode vir de vários lugares: baterias, fontes de bancada, painéis solares ou até da tomada da sua parede. No caso de testes e protótipos, as fontes de bancada — principalmente as que permitem ajustar a tensão — são muito úteis. Elas permitem mudar o valor da tensão (e às vezes também da corrente), o que é ótimo para quem trabalha com eletrônica. Existem diferentes tipos, como as fontes lineares e as fontes chaveadas. As chaveadas são as mais comuns hoje em dia, porque são mais eficientes e compactas. Os preços variam bastante, dependendo da potência, qualidade e marca, indo desde modelos mais simples e baratos até opções mais caras, feitas para uso profissional ou industrial.

     Uma alternativa interessante e econômica é reaproveitar fontes de notebook. Elas costumam ter ótima qualidade, com proteção contra curto-circuito e boa filtragem, e podem ser usadas como base para montar uma fonte ajustável. Normalmente, essas fontes fornecem entre 18 e 20 volts contínuos, com corrente entre 3 e 6 amperes — o que já é suficiente para alimentar muitos projetos eletrônicos.

    Se você ligar a saída da fonte do notebook a um módulo regulador step-down (também chamado de buck converter), dá pra reduzir e ajustar a tensão de saída conforme a necessidade. Esse conjunto tem várias vantagens: você reutiliza uma fonte confiável que talvez já tenha em casa, economiza dinheiro, e ainda ganha uma fonte ajustável com boa eficiência. É uma solução prática para montar uma bancada de testes, desenvolver protótipos ou usar em projetos educativos.

  Vamos precisar de: 

        Fonte de notebook


   A potência das fontes de notebook geralmente varia entre 60W e 120W, mas também há modelos que chegam a 150W ou mais. As fontes mais comuns possuem potências de 65W, 90W, 120W , com tensão de saída de 19,5 V.  De modo geral, a filtragem das fontes de notebook é boa o bastante para a maioria dos usos em eletrônica, especialmente em protótipos, testes de circuitos digitais e circuitos de baixa sensibilidade. A tensão de saída é bem estável, com baixo ripple  dependendo da qualidade da fonte.

   A intenção desta postagem é usar fonte de notebook por uma questão de custo, mas uma fonte colmeia  funcionará bem da mesma forma:

   Um aspecto importante é confirmar a polaridade do plug de saída . Normalmente vem especificado no corpo do produto.



  Módulo Step-Down

     Aqui temos trocentas opções para escolher . Procure por módulo conversor DC-DC Step-Down no Google e verá que não estou mentindo.

  Ele faz parte da família das fontes chaveadas, conhecidas por serem muito mais eficientes do que os reguladores lineares tradicionais.  Esses conversores são bem econômicos em termos de energia — a eficiência pode passar facilmente dos 90% —, o que os torna ótimos para tarefas como reduzir a tensão principal de uma fonte fixa.









   Existem modelos que já vem com um voltímetro incorporado :



    Este modelo com display vai dar um certo trabalho para instalar  em painel.  Se desejar pode comprar o voltímetro separado . Outro ponto é que o ajuste de tensão destas placas é feito via trimpot, o que não é muito prático. Ou você solda dois fios ligando os terminais do trimpot a um potenciômetro  ou compra uma placa já com potenciômetro instalado:
                    
Módulo voltímetro Led

   Os mini voltímetros de LED com visor de 0,28" são bem pequenos e práticos, ideais para usar em lugares com pouco espaço. Eles costumam medir tensões entre 2,5V e 30V em corrente contínua (DC). O display pode vir em cores diferentes, como vermelho, verde ou azul — e isso pode ajudar (ou atrapalhar) a leitura, dependendo da iluminação do ambiente.

    Esses voltímetros podem ter dois ou três fios, e isso muda um pouco a forma de usar. Os modelos com 2 fios são mais simples: é só ligar os fios direto na alimentação, e o visor já começa a mostrar a tensão do circuito. Bem direto ao ponto.

    Já os de 3 fios têm uma vantagem: eles separam a alimentação do voltímetro da tensão que está sendo medida. Isso ajuda a ter leituras mais precisas e evita que mudanças na tensão atrapalhem o funcionamento do visor. Normalmente, um fio é para a alimentação positiva, outro é o terra (negativo), e o terceiro é ligado no ponto onde você quer medir a tensão.

   Esse tipo de ligação também permite que você alimente o voltímetro com uma fonte diferente daquela que está monitorando. Isso é útil, por exemplo, em projetos com mais de uma faixa de tensão ou quando a tensão a ser medida é maior do que a que o voltímetro aguenta como alimentação.




Para não deixar  você perdido em meio a tantas opções, vamos montar um sistema básico com:

 Fonte de notebook (ex: 19 V / 3 A)
 Módulo step-down ajustável (como LM2596, XL4015 ou similar)
 Voltímetro led com dois fios (para simplificar a ligação)
 Potenciômetro para ajuste continuo e fácil  
 Bornes para conexão da carga
(Opcional) Caixa plástica ou metálica para montagem





  Os dois fios do potenciômetro são ligados nos pontos abaixo.

   Depois de fazer todas as conexões, ligue o sistema. O display vai mostrar algum valor de tensão logo de cara. Agora, gire o potenciômetro totalmente para a direita e, em seguida, ajuste o trimpot do módulo até o display mostrar a maior tensão que o sistema consegue fornecer.

   Feito isso, você pode girar o potenciômetro novamente e ajustar a tensão como quiser, entre 1,25V e esse valor máximo. Pronto! Sua fonte ajustável está funcionando.

   O desempenho vale a pena, especialmente para projetos gerais, protótipos e uso em bancada. Mas vale um aviso: se você for usar em circuitos muito sensíveis — como amplificadores de áudio de alta fidelidade, sensores analógicos de baixa interferência, medições de precisão ou circuitos de rádio frequência (RF) — o pequeno ripple (ondulação na tensão) que essa fonte gera pode interferir no resultado e comprometer o desempenho desses sistemas.





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