quarta-feira, 15 de maio de 2024

Senha Eletrônica Simples

 

    Segurança e eletrônica têm uma relação muito estreita  nos dias de hoje. A eletrônica desempenha um papel crucial na concepção, implementação e melhoria de sistemas de segurança em diversos setores, desde residências até indústrias e instalações governamentais. À medida que a tecnologia avança, a relação entre esses dois campos tornou-se ainda mais integrada e sofisticada. 

 Sistemas de segurança sofisticados oferecem maior proteção e recursos avançados, mas vem com um custo mais elevado e exige mais recursos técnicos. A segurança simples é mais acessível e fácil de usar, apesar de ser menos robusta contra ameaças . A escolha entre os dois depende das necessidades específicas de segurança, do orçamento e da preferência por complexidade . Como aqui o único objetivo é aprender e  divertir, apresentamos um circuito que se encaixa na segurança simples ( ou ridícula como alguns certamente vão achar ).


   Dependendo da combinação das chaves o relé será acionado ou não. Se uma chave qualquer considerada "proibida"  for acionada , a carga não aciona, mesmo que a combinação correta também esteja selecionada. 




    Mude a senha  como quiser, é só alterar as ligações na chave DIP.  

    E um último conselho: Leia o inicio do texto e saberá porque não usar como senha  para  seu suado dinheiro. 

 






sábado, 4 de maio de 2024

Batalha Naval Diferente

    Imagino que todos devem conhecer o jogo da Batalha Naval.  Temos aqui uma versão simplificada do jogo, onde o objetivo continua o mesmo que é acertar a "frota" do inimigo. 

  Resume-se em selecionar uma combinação de 4 chaves aleatoriamente e em segredo , enquanto seu adversário deve tentar acertar a mesma combinação do outro lado. 

  Depois de cada um  fazer suas escolhas, aperta-se um botão e  se existir a mesma combinação dos dois lados, um display incrementará em 1 unidade os acertos .

  Se, por outro lado, não estiver correta a tentativa de acerto, um outro display é que incrementará em uma unidade, indicando a quantidade de erros cometidos.

  Meio bobo, mas certamente agradará as crianças ( acho que alguns adultos também). 



Crie suas próprias regras e divirta-se , digo, deixe as crianças se divertirem.


quarta-feira, 1 de maio de 2024

Protetor Contra Curto Ou Sobrecorrente

 Este circuito de proteção foi desenvolvido  originalmente para ser usado em um carregador de baterias de 12V, mas funcionaria perfeitamente numa fonte linear. A sensibilidade é tão boa que, dependendo do ajuste feito, um simples led usado como carga poderá causar o acionamento da proteção.












   O ajuste é simples: Conecte a carga na saída do circuito e pressione o botão. Agora  regule o trimpot até que o relé desarme  e assim desligue a carga . Volte o trimpot para a posição um pouco antes do desarme e pressione o botão novamente.  Se desarmar repita o processo. Para um ajuste mais preciso, utilize um amperímetro em série com a carga e regule no valor desejado de proteção. 

    Para qualquer valor de corrente ajustada, o simples fato de se colocar os terminais da carga em curto, deve fazer com que o relé desarme também.  Uma vez desfeito o curto na saída ou eliminado o problema de sobrecarga, basta pressionar o interruptor de rearme para que a carga  volte à operação normal.

Mais Uma Forma De Piscar Um led

   Há muito tempo publiquei um post com o título  " 10 maneiras de piscar um led " . Naquela  ocasião apresentei algumas formas de fazer com que um led acenda e apague em intervalos regulares ( falando sem enrolação : que pisque). Pois saiba que existem muitas outras formas de obter este efeito e aqui mostro apenas mais uma. 



        Um ponto é  importante neste circuito. Trata-se do acoplamento led /LDR que deve receber o mínimo possível de interferência da luz ambiente. Mas isto é fácil de resolver . Utilize um espaguete termo retrátil acoplando os dois componentes como mostrado abaixo.




   Depois de tudo montado e conferido, ligue a alimentação e ajuste o trimpot de 100K até que o led comece a piscar. E é só.



terça-feira, 16 de abril de 2024

Acionando Um Display LCD 16 x 2 Com Um 4017 ( e sem microcontroladores !!!)

  O próximo circuito entra na categoria de curiosidade e  também de aprendizado, pois ninguém em sã consciência dispensará microcontroladores para esta função. Mas observe que a  lógica é a mesma, apenas em velocidade milhões de vezes menor.

  O função principal  de um display 16×2 é exibir caracteres, letras e números de maneira nítida e clara, fornecendo informações importantes para o programador.  É utilizado quando o  usuário precisa de uma resposta visual, que possa indicar o funcionamento da configuração realizada. 

 É um componente acionado , via de regra,  por microcontroladores . Mas aqui vamos pensar fora da caixa e dispensar programação.

  Para exemplo e maior simplicidade, escreveremos somente a palavra " OLA!!!" 

  Pode ser ampliado para mais palavras e mais linhas, mas aí certamente tornaria inviável em relação aos circuitos convencionais ( com microcontrolador). 

  Primeiro vamos dar uma olhada em um display lcd 16 x 2 comum (16 colunas por 2 linhas) e ver mais de perto suas conexões:


      Veja a numeração, começando pelo pino 1 (primeiro à esquerda ) e finalizando no 16 (K do led ). 



Pino 1 - VSS ( Gnd ): Conexão de terra (negativo).
Pino 2 - VDD ( Vcc ): Alimentação positiva (5V).
Pino 3 - Vee 0u VO (Contraste): Controle de contraste do display. Geralmente é usado um trimpot ,mas vamos usar um resistor de 3K3 que vai servir .
Pino 4 - RS (Register Select): Seleção de registro; controla se os dados enviados serão interpretados como instruções (como posicionamento do cursor) ou como dados a serem exibidos. Se estiver em nível 0 serão executadas as instruções . Se estiver em nível 1, serão exibidos os dados.
Pino 5 - RW (Read/Write): Leitura/Escrita; determina a direção da transferência de dados (leitura ou escrita). Vamos deixar conectado ao Gnd pois vamos só escrever.
Pino 6 - EN (Enable): Sinal de habilitação; usado para latching dos dados enviados.
Pinos 7 até 14.  D0-D7 (Data Pins): Linhas de dados bidirecionais, usadas para enviar comandos e dados ao display.
Os dois últimos pinos são para a iluminação de fundo (backlight):
Pino 15 -A (Anode): Anodo do led de backlight ( positivo ).
Pino 16 -K (Cathode): Cátodo do led do backlight (negativo).


Dito isso, passemos ao circuito  ( Clique em cima para ampliar):





 Para saber como os caracteres são mostrados precisamos conhecer a tabela ASCII.  A tabela ASCII (American Standard Code for Information Interchange) é um conjunto de códigos que representa caracteres alfanuméricos, sinais de pontuação, símbolos especiais e caracteres de controle. Cada caractere na tabela ASCII é atribuído a um número inteiro entre 0 e 127 (ou 0x00 a 0x7F em notação hexadecimal). 
  
  Como exemplo, veja abaixo a tabela ASCII para as letras do alfabeto maiúsculo:




  Ou seja, para escrever a letra L no display, precisamos inserir a seguinte numeração binária  nos Data Pins:

D0 = 0
D1 = 0
D2 = 1
D3 = 1
D4 = 0
D5 = 0
D6 = 1
D7 = 0

 E também que o pino RS esteja em 1.

    Agora podemos comentar o circuito. 
   Uma das 6 portas do cd40106 envia pulsos de clock ao pino 14 do cd4017. Este por sua vez vai  positivando as suas saídas  na seguinte ordem : pino 3 , pino 2, pino 4, pino7 e pino 10 . Quando o pino 10 vai ao nível 1 ele positiva o pino 13 congelando a contagem . 
    Veja que a contagem incrementa a cada subida do sinal de clock. Quando ocorre a descida do sinal de clock ela é usada para gerar o sinal de comando para o "Enable" do display, que desta forma libera os dados para serem apresentados no display.
   Assim que o circuito é alimentado, o pino 15 do 4017 é resetado( via rede RC) e o pino 3 vai a nível alto. Neste momento o transistor aciona e envia  5 V, via diodos, aos pinos D0 a D3. Como neste momento o pino RS está em zero ´, o comando é interpretado como uma  instrução. Neste caso a instrução é para que o cursor comece a piscar na primeira posição do display.  Ficaria assim:

D0 = 1
D1 = 1
D2 = 1
D3 = 1
D4 = 0
D5 = 0
D6 = 0
D7 = 0

RS = 0 (instrução de inicialização para o display)
 
Quando ocorrer a descida do sinal de clock  o " Enable" habilita o comando e o cursor começa a piscar.
No próximo sinal de clock, o 4017 incrementa uma posição e o pino 2 é que vai ao nível alto.
Neste ponto D0 a D3 continua em nível alto ( via diodo ligado ao pino 2 ) , mas  o nível alto do pino 2 aciona  um flip flop formado por duas portas do 40106 . Desta forma a saída do flip flop vai a nível alto, fazendo com que o pino RS também fique em nível alto. Agora temos a seguinte situação:

D0 = 1
D1 = 1
D2 = 1
D3 = 1
D4 = 0
D5 = 0
D6 = 1
D7 = 0

RS = 1 ( comando para exibição no display)

    Verifique na tabela que esta sequencia ( de D0 a D7 ) corresponde ao " O " . Na próxima descida do sinal de clock, o pino Enable habilita os dados, que neste caso é um comando porque  RS está em 1. 
    Neste momento aparece a Letra "O" no display.
   Tudo ocorre igual nas próximas sequencias, só vão mudando quais os dados que são habilitados e consequentemente as letras mostradas. Assim o pino 7 alto , injeta 1 em D0 indicando a letra  "L" .
    Quando a saída chega ao pino 10, as dados são congelados ( via pino 13) na posição binária de " ! " , assim a cada descida do clock , o ponto de exclamação vai sendo exibido até a última posição do display, já que não muda mais a combinação.

   Sei que as explicações foram rasas. Se não entendeu, procure fontes mais confiáveis que eu, estude bastante e verá  que parece complexo , mas não é . 

  Veja o vídeo funcionando:










10 Circuitos Com O Espetacular 555

   Existem certas invenções que beiram a genialidade. Acredito ser este o caso do circuito integrado 555. Apesar de já se passarem mais de 40 anos desde o seu lançamento , o 555 continua em pleno uso em várias aplicações modernas.  Com um circuito interno simples , estável e extremamente versátil, provavelmente ele deve continuar sendo utilizado  por muitos anos ainda.

   Para provar a versatilidade deste componente, seguem 10 aplicações diferentes em que ele é o protagonista:



1- Indicador de falta de energia elétrica. Qualquer falha na rede elétrica, dispara um alarme.



2- Alarme para portas ou janelas . Fixe o imã no batente, alinhado com o reed e quando abrirem a porta ou janela, um alarme dispara.


3- Ponta de prova automotiva . Detecta se um ponto na fiação do automóvel está sob potencial positivo ou negativo

4- Pisca led mínimo . Menor que isso é difícil...

5- Sensor de proximidade . Detecta a aproximação da mão ou de objetos . O posicionamento dos leds RX e TX é fundamental.
6 - Vela mágica . Acende uma luz com um palito de fósforo e apaga com um sopro. 


7 - Alarme de parada de rotação para motores . Fixe o ima no elemento rotativo . Se parar de girar, aciona um alarme. 


8- Controle remoto IR .Ligue e desligue cargas de potência usando qualquer controle remoto IR.


9- Leds rítmicos . Leds piscam ao som de música ou ruídos.

10- Sirene de dois tons . Aperte o botão e soará a sirene que mudará de tom quando o botão for solto.

 Veja neste vídeo todos os circuitos em funcionamento:






segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Usando Um Sensor Micro - ondas

  

   Os sensores de movimento existentes no mercado são predominantemente dispositivos que fazem uso da radiação infravermelha. No entanto, existem alternativas disponíveis, sendo digno de destaque o módulo RCWL-0516, também conhecido como "radar Doppler", que emprega radiação de micro-ondas para detectar movimento.  Este é um módulo compacto e resistente projetado como uma alternativa aos sensores PIR (Sensor Infravermelho Passivo), que são frequentemente utilizados na ativação e desativação de luzes em ambientes ou em alarmes antirroubo.

    A capacidade das micro-ondas de penetrar em obstáculos finos, compostos por materiais não condutores,  amplia significativamente as aplicações dessa solução. Diferentemente dos sensores infravermelhos convencionais, o módulo é capaz de funcionar de forma eficaz mesmo quando estiver oculto atrás de uma barreira fina feita de papel, madeira ou plástico. 




    Resumidamente, o módulo possui um gerador de frequência operando a aproximadamente 3,1 GHz, com as micro-ondas geradas sendo irradiadas pela antena. Após refletirem em um obstáculo, elas retornam ao sensor e à antena. Se o objeto estiver em movimento, ocorrem flutuações no circuito de transmissão e recepção, modulando a amplitude do sinal gerado. Um filtro passa-baixa encaminha o sinal para a entrada 1P do circuito integrado U1, compreendendo o segundo bloco funcional do sensor. Esse sistema incorpora amplificadores, detectores e lógica que convertem modulações nas ondas portadoras resultantes da reflexão em impulsos lógicos, indicando a detecção de um objeto.  Agradeça aos projetistas por tornarem simples um dispositivo complexo.




O módulo mostrado tem cinco pinos com as seguintes funções:

1-  Saída 3,3 V  – saída da tensão estabilizada gerada em U1. Pode fornecer algumas dezenas de mA;

2- GND – terra do módulo;

3 - Vout – saída de sinal lógico .  Um nível alto sinaliza a detecção de um objeto em movimento;

4 - Vin - Entrada de tensão de alimentação do módulo . Pode variar entre 4 e 28 Vcc.

5- CDS – entrada que permite o funcionamento do módulo. Quando não conectado ou em nível alto, a sinalização está ligada. Quando o nível está baixo, o indicador de detecção de objetos permanece inativo. Na placa  está previsto um ponto de conexão a um LDR, que serve como dispositivo de inibição do módulo, enquanto receber a luz do dia.


Agora um exemplo prático:






A figura mostra como conectar um relé à saída VOUT. Quando o movimento é detectado, tanto o transistor quanto o relé, controlados por um estado alto, serão ativados. Se alimentarmos o sistema com tensão superior à indicada na figura, deverá ser selecionado um relé com tensão nominal adequada.