sábado, 4 de março de 2023

Alerta De Gelo Na Pista

 

       Gostaria de incrementar seu carro com um alerta sobre uma  possível formação de gelo na pista?  Veículos mais modernos já possuem esta funcionalidade e pode ter certeza que é uma informação  bastante importante. Afinal, uma camada de gelo na pista vai torná-la extremamente escorregadia podendo causar graves acidentes , principalmente aos desavisados.

      Ok, moro num país tropical  mas, acredite, ele é tão grande que existem regiões em que pode até nevar.  Além  disso, aqui no blog tenho visitantes de outros países onde temperaturas extremamente baixas são comuns e  o circuito pode interessar a eles.

       O circuito atua da seguinte forma: assim que a temperatura externa do veículo atingir um valor abaixo do ajustado, um led indicador começa a piscar indicando o fato. Existe também um alarme sonoro que pode ser habilitado ou não de acordo com o gosto do motorista.


      Para ajustar , desligue o sinal sonoro ( para irritar menos ), coloque o sensor em contato com gelo e ajuste o trimpot até que o led  comece a piscar. 

    O led "ajuste" é um grande auxiliar neste momento, pois vai acender  também quando o ajuste estiver  correto.

   O sensor deve ser instalado do lado externo do veículo para a correta detecção da temperatura.  Em circuitos comerciais ele fica instalado na parte de baixo do retrovisor externo .  Veja a figura como ele é fisicamente. 


    Este sensor, para aqueles que não sabem, é um tipo de resistor que altera seu valor de acordo com a temperatura ao redor do seu corpo. Este tipo é NTC ( existem tipos PTC) que  tem um coeficiente negativo de temperatura , ou seja, sua resistência nominal diminui com o aumento da temperatura. 

    Pode usar qualquer valor acima de 5K. O ajuste do potenciômetro compensará qualquer diferença. O buzzer deve ser aquele que já tem um oscilador incorporado.   E é isso...



quarta-feira, 1 de março de 2023

Agitador Para Máquina De Lavar Roupas

    As modernas máquinas de lavar possuem recursos bastante sofisticados . Possuem painéis digitais atraentes,  com inúmeras funções para todo o ciclo e tipo de lavagem que for necessária. Infelizmente, junto com as sofisticações vieram os preços altos, tanto no produto completo quanto em suas partes. Um controlador eletrônico para máquinas de lavar é um produto que apresenta alto índice de falhas e sua substituição é relativamente cara para um consumidor médio. 

   Se você estiver precisando de um controle simples , que faça apenas o básico : girar para um lado por um ou dois minutos, parar por alguns segundos , girar para o outro e assim sucessivamente por um tempo determinado, este circuito pode lhe servir. A adaptação na máquina é mínima e pode trazer à vida um equipamento útil que está empoeirando na sua garagem.






        Podemos dividir o circuito em três blocos:
     O primeiro é um temporizador acionado pelo botão "start" e que é  formado pelos componentes conectados a um dos inversores do CD 40106 . Este bloco tem como função ativar os relés (via transistor BD 140) pelo tempo que deve durar a lavagem da roupa. Ou seja, enquanto este temporizador estiver acionado a máquina funciona, quando acabar a temporização a máquina pára de funcionar.
Pode modificar este tempo alterando C2 , R6 ou ambos. 
   O segundo é um oscilador , formado por outra porta do 40106 e componentes adjacentes, em que o tempo de saída em nível alto ( pino 2 )  é muito maior do que o tempo  em nível baixo.  
   Quando o pino 2 apresentar  um nível alto, o relé RL1  é acionado via Q1 e permite que o motor funcione. No momento em que ficar em nível baixo o motor pára de funcionar.  Resumindo, ele vai girar por um ou dois minutos, parar por uns poucos segundos , voltar a girar por mais um tempo, pára novamente e repete o ciclo até que o temporizador do primeiro bloco corte a alimentação dos relés. O tempo em que ficará girando e o tempo que ficará parado, pode ser ajustado com a troca de C1, R1 e R2. Faça experiências se quiser. 
     O pino 2 do CD40106 também aciona o último bloco, que  tem o CD 4013 como principal componente. Sua função é alternar a direção do giro do motor.  Assim cada vez que recebe pulsos no seu pino 3 a saída Q (pino 1) muda de estado, ligando e desligando o relé RL2, via Q2. Com o relé RL2 trocando de estado, são trocadas as ligações do motor, fazendo com que ele possa girar para um lado ou para o outro.
     Faltaram alguns leds indicadores, mas é só colocá-los em paralelo com as bobinas dos relés e tá tudo certo.
       








quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Um Pouco Sobre Resistores

    Circuitos eletrônicos são construídos através da interconexão de vários elementos chamados componentes eletrônicos. Dependendo de como esses componentes são ligados entre si, é que obtemos os diversos comportamentos finais para o circuito.  Entre estes componentes encontra-se um, que acredito ser  impossível você não ter visto em algum momento. Estou falando dos resistores, componentes construídos para oferecer uma certa oposição à passagem da corrente elétrica.

  Isto pode parecer algo indesejado, afinal queremos que as coisas fluam da melhor maneira possível, não é mesmo?  Entretanto existem outros componentes que precisam de limitação na corrente ou na tensão a qual estão submetidos , sob pena de sofrerem algum tipo de dano. Neste ponto entra o indispensável resistor . 

   Como se pode observar pela fotos abaixo , os resistores podem ter diversas aparências e construções de acordo com a função a que se destinam.

  




   O ser humano precisa de referências para medir as coisas e com o resistor não é diferente.  Desta forma precisamos de uma unidade para medir o valor da resistência apresentada por um resistor. Este valor é dado em ohm , símbolo Ω .

  Resistores maiores em tamanho têm seus valores impressos no próprio corpo . Nos resistores menores, utiliza-se um código de cores, em que o número que expressa a sua resistência em ohms é determinado pelas cores dos anéis que existem no corpo do componente conforme exemplo abaixo. 






       Essas cores seguem uma tabela padronizada. Observe a tabela de cores  para resistores de 4 faixas.



 A leitura do valor é feita iniciando pelo lado mais próximo dos terminais, na seguinte ordem:
  •  Primeiro anel: primeiro algarismo do valor de resistência 
  • Segundo anel: segundo algarismo do valor de resistência 
  • Terceiro anel: fator de multiplicação ou número de zeros que deve ser acrescentado às duas primeiras leituras. 
  • Quarto anel : Tolerância em porcentagem do valor nominal de resistência.
 Voltando ao resistor mostrado acima, temos que ele apresenta as seguintes cores: marrom, preto , vermelho e dourado.
   O primeiro anel nos dá o valor 1.   
   O segundo anel nos dá o valor 0. 
   O primeiro e o segundo anel formam então o valor 10. 
  O terceiro anel, vermelho, nos dá como fator de multiplicação “100” ou diz que devemos acrescentar dois zeros ao valor formado pelos dois primeiros anéis. 
    Temos então 1000, ou seja, 1000 ohms ou ainda 1K ohms. Escrevemos " K " porque em lugar de usarmos “milhares de ohms” para os valores de resistência empregamos o prefixo “quilo” ou abreviadamente “k”. Uma resistência de 22.000 ohms pode então ser expressa como 22 quilohms ou simplesmente 22k. Para “milhões de ohms” usamos o prefixo “mega” ou abreviadamente a letra “M”. Uma resistência de 4.700.000 ohms pode então ser expressa como 4,7 megohms 4M7 ou ainda 4,7M. 
                                                              
Veja outros exemplos:






   A tolerância de um resistor indica quantos  "por cento" seu valor real pode  desviar do valor impresso, devido a fatores construtivos. Assim um resistor de  1K  - 5%  pode ter seu valor entre  950 ohm ( 5% a menos  do valor nominal ) ou 1050 ( 5% a mais do seu valor nominal ), sem , no entanto, estar defeituoso.
   Com o avanço da tecnologia, atualmente é muito comum encontrarmos resistores com tolerância bastante baixa. Assim, o valor medido será bastante próximo ou igual ao valor esperado do componente. Estes resistores possuem 5 ou 6 faixas , sendo a leitura feita da mesma forma que os de 4 faixas.






        





     Nos resistores de 6 faixas , a sexta  indica a variação relativa de resistência em função da temperatura. Esses valores são chamados de coeficiente de temperatura e são especificados em ppm/ºC , ou seja, partes por milhão por grau centígrado. Este parâmetro é muito importante em circuitos de alta precisão.

  Resistores podem ser fabricados com diversos tipos de materiais, e geralmente seus nomes vem deste materiais. Assim temos resistores de carvão ,composto de carbono com aglutinantes,  resistores de fio, feitos com fios formados por uma liga de níquel e cromo e os resistores de película metálica. Cada qual tem seu uso de acordo com as necessidades do projeto. 

   Uma característica importante de todo resistor é que ele converte energia elétrica em calor, ou seja, a passagem de uma corrente por um resistor faz com que sua temperatura suba. O fator principal que influi na capacidade deste resistor dissipar esta potência térmica ( potência medida em W ) é o seu tamanho. Veja que existem resistores construídos apenas com a função de aproveitar o aquecimento , como aqueles usados em chuveiros, ferros de passar roupa e desembaçadores de vidros automotivos. Aqui nos nossos projetos utilizamos resistores com potência de , no máximo, 10W. 
   Por último, segue o desenho do símbolo utilizado para todos os resistores, independente do material construtivo



                                           



   Todos os resistores mostrados até agora são construídos para apresentar um valor de resistência fixo . Entretanto existem outros tipos de resistor feitos para apresentar uma resistência variável ou ajustável. Temos então resistores que alteram seu valor de resistência através de movimentos mecânicos como potenciômetros e trimpots, temos outros que variam de acordo com a temperatura (NTC e PTC ) e ainda outros que mudam seu valor conforme a luz que recebem, como é o caso do LDR. Os símbolos, obviamente, são desenvolvidos para indicar isto de forma a mais clara possível.  
     Assim são, na ordem em que aparecem abaixo, um trimpot, um LDR e um potenciômetro , todos com sua respectiva simbologia.












    Aqui eu só arranhei o assunto, pois seria preciso todo um livro para falar sobre resistores e mesmo assim seria difícil esgotar o tema. A ideia foi só uma visão geral para quem se propõe a montar os circuitos deste blog e tem dificuldades com os valores dos resistores. 






sábado, 14 de janeiro de 2023

Alerta De Motor Parado


   Existem situações em que a parada de um motor ou de um sistema rotativo, pode ser um grande problema. Motores são utilizados amplamente em ambientes industriais pois colocam em funcionamento linhas de montagem , máquinas e  articulações robóticas . Normalmente  a parada anormal de um motor devido a algum tipo de falha , é facilmente detectável , mas nem sempre isto é possível.  Este pequeno alarme , indicará em alto e bom som quando um sistema rotativo sofrer uma parada indesejada por mais de 5 segundos. 

   O que se faz aqui é acoplar um imã em um  motor de forma que, a cada giro, o imã passe por um sensor magnético,  acionando um temporizador baseado no multiuso 555. A cada acionamento temos  a saída do 555 indo a nível alto mantendo o buzzer em silêncio.

  Se o motor parar de girar por mais de 5 segundos, não ocorre mais o disparo do temporizador, que então  reseta, fazendo o pino 3 ir a nível baixo e assim acionando o buzzer. Utilizar , é claro, um buzzer ativo ( aquele que já vem com oscilador interno)





    O capacitor de 10uF controla  quando tempo depois da parada , ocorrerá o acionamento do alarme.
Talvez, para rotações muito altas, o sensor reed não seja eficiente. Se for o caso pode-se substituí-lo por um sensor de efeito Hall com os mesmos resultados . 
    Dependendo do nível de ruído ambiente pode ser que o  volume do buzzer seja insuficiente . Sem problemas : basta substituí-lo por um relé de 6V  e utilizar uma sirene de alta potência. . Neste caso a tensão de alimentação deverá ser de 9V.  Com este procedimento  certamente vai dar pra alertar um quarteirão inteiro.





quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Controle Remoto Laser II

 

    Segunda versão de um projeto já postado aqui . Estou sem imaginação para escrever, por isso vou repetir praticamente tudo o que escrevi antes, já que o circuito tem o mesmo uso e mesma estrutura.

  " Depois de montado este circuito você poderá ligar e desligar praticamente qualquer dispositivo à distância  e utilizando apenas  o feixe de luz de  uma caneta laser. A distância só é limitada pela sua pontaria.



 Vale lembrar que o circuito é biestável , ou seja,  com um comando em um sensor ligamos a carga que assim permanece até que  seja detectado  um feixe de luz no segundo sensor . Neste momento ocorre a mudança de estado do circuito e a carga é desativada.
     No diagrama, os LDR's ficaram próximos um do outro , mas na aplicação real eles devem ficar distantes, ligados através de fios com comprimentos apropriados e, preferencialmente, protegidos da luz ambiente  dentro de tubos opacos. Isso para que não ocorram interferências e instabilidades. Ajuste o trimpot de 220K até obter o comportamento desejado, pois  como já dito, dependendo da iluminação do local a sensibilidade vai variar. Se tiver dificuldades com o desligamento, troque o resistor de 22K ligado ao pino 4 por outro valor ou melhor ainda por um trimpot de 100K e ajuste para o correto funcionamento.

    Como alimentação  pode ser utilizada pilhas , baterias ou fonte  sendo esta última a preferida se o circuito precisar ficar ativo por muito tempo."

Abaixo, video do circuito em funcionamento:







Alarme De Porta Aberta

                     
 
   Este circuito foi elaborado inicialmente para ser usado no monitoramento da abertura da porta de um freezer.
Durante as operações normais de abertura e fechamento, o circuito fica em prontidão sem no entanto fazer nada. Entretanto, se a porta permanecer aberta por mais de  30 segundos, um alarme vai soar., evitando desperdício de energia e perda de material perecível. Outros usos podem ser imaginados,sempre que se precisar de um aviso sonoro, um certo tempo depois da abertura de um sensor.


   Não há muito o que comentar sobre o circuito , apenas que o tempo pode ser modificado com a alteração do valor do capacitor. Trocando o buzzer por um relé de 9V,  cargas de alta potência podem ser facilmente controladas.
 
     

domingo, 1 de janeiro de 2023

10 Circuitos Práticos Com Diodos

  Quando pensamos em diodos, na maioria  das vezes imaginamos circuitos teóricos ou então usados apenas como retificadores.
Na realidade, diodos podem ser utilizados em inúmeros circuitos práticos , já que podem ceifar, regular,  chavear, iluminar e, é claro, retificar. Vejamos 10 circuitos onde o diodo é o protagonista.

1 Provador de cabos

Quando for ligado um fio ou um par deles entre os pontos de teste , podemos observar 3 situações possíveis 
  A : led branco aceso e os dois vermelhos apagados - cabo em curto.
  B:  apenas led verde aceso - cabo bom e com as pontas corretamente identificadas.
  C: apenas led vermelho aceso - cabo bom , pontas invertidas.
 

2 Ponta lógica para uso automotivo 

 Conectar a garra jacaré ao chassis do veículo. Encostando a ponteira em um ponto ligado ao positivo da bateria acende o led verde. Se o ponto 
estiver eletricamente conectado ao negativo da bateria acende o vermelho.


3 Indicador de primeiro acionamento

O display indica qual dos botões foi pressionado primeiro , se foi o 1 ou o 2. Para reiniciar precisa desligar a alimentação por um instante.




4 Pisca led 127V

Circuito bem conhecido para fazer com que um led pisque. O capacitor se carrega até atingir o ponto de disparo do diac, momento em que ele ( o diac) conduz e descarrega o capacitor através do led.

5 Indicador de carga ligada

Circuito legalzinho. Quando uma carga for ligada na saida, o display indica a letra L. 
Muito importante escolher os diodos de acordo com a potência da carga.  Sugiro utilizar diodos tipo 6A10 .


6 Chave codificada de encaixe 

Ao se encaixar uma pequena placa com diodos em um slot, a carga será acionada.




7 Telégrafo experimental

 Não sei se ainda usam isto, mas de qualquer forma serve como recurso didático. Ao se pressionar o botão de um lado, aciona um som e um led do outro lado. Se pressionar o outro  botão o mesmo acontece do  lado oposto.





8 Protetor contra inversão de polaridade.

É isso, não importa a polaridade de ligação na entrada, a carga sempre receberá a tensão com a polaridade correta.



9 Identificador 127/220V

Em 127V acende o led vermelho. Em 220V acendem os leds vermelho e verde. Se o tempo de teste for curto os resistores podem ser de potência menor 
10 Controle remoto de 2 canais

Aproveitando a queda de tensão nos diodos podemos
acionar relé de tensões diferentes e assim acionar cargas distintas. Se acionar o botão 1 a queda de tensão permitirá que apenas o relé de 5 V acione. Se acionar o botão 2 a tensão será suficiente para acionar o relé de 12V.  Com o relé de 12V acionado, o relé de 5 fica impossibilitado de acionar, já que sua bobina passa pelo contato NF dele.